Doença ou cisto pilonidal: 10 perguntas e respostas
- drbrunoproctologista
- 26 de fev. de 2016
- 4 min de leitura
Atualizado: há 18 horas
O cisto pilonidal é uma doença muito comum em nossa sociedade. Para que vocês consigam entender bem o que esse problema gera, vamos listar dez perguntas e respostas comuns sobre ela. Confira!
1. O que é doença ou cisto pilonidal?
A doença pilonidal, comumente chamada de cisto pilonidal, consiste na penetração e/ou presença de pelos abaixo do nível da pele, o que gera uma reação inflamatória no tecido adjacente. No cisto pilonidal, pode ocorrer formação de secreção purulenta, que forma lesão cística ou drena por orifícios próximos à região do ânus.

2. Qual é a causa da doença pilonidal?
Antigamente, acreditava-se que o individuo nascia com o cisto pilonidal, mas hoje sabe-se que é um processo adquirido durante a vida do paciente. Alguns fatores que estão relacionados ao surgimento da doença pilonidal são:
Presença de pelos na região (por exemplo, próxima ao ânus)
Traumatismo local
Fatores hormonais
Obesidade
3. Quem costuma mais ter o cisto pilonidal?
O cisto pilonidal é mais comum em adolescentes e adultos jovens, obesos e do sexo masculino. Todavia, a doença pilonidal pode acontecer em qualquer sexo. Indivíduos que, em seu trabalho, manipulam pelos e cabelos – como tosquiadores e cabeleireiros – também podem apresentar o problema.
4. Qual é o local mais comumente afetado pelo cisto pilonidal?
A região sacrococcígea é a mais acometida, devido a fatores relacionados com:
Flora bacteriana local
Localização dos pelos
Movimento de levantar e sentar, pois gera pressão e facilita a sua penetração na região
Os pacientes que trabalham com cabelos ou pelos podem apresentar lesões em locais expostos (principalmente as mãos).

5. Quais são os sintomas mais comuns da doença pilonidal?
A pessoa que tem doença pilonidal pode não ter sintomas, todavia o mais comum é o início de drenagem de secreção em região próxima às nádegas, associadas ou não à dor. A secreção pode ser clara, sanguinolenta e/ou purulenta.
Alguns indivíduos têm como primeiros sintomas:
Dor
Inchaço local
Febre
Em alguns casos, pode haver sinais de formação de um abscesso, que deve ser avaliado por um médico, de preferência coloproctologista, que realizará a drenagem da secreção purulenta e orientará o uso de analgésicos e antibióticos, quando necessários.
6. Como é feito o diagnóstico do cisto pilonidal?
O diagnóstico da doença pilonidal é clínico – geralmente, o exame físico local é suficiente para que a conduta e tratamento sejam definidos. Mas o coloproctologista deve realizar o exame completo do paciente para que outros diagnósticos sejam excluídos, como fístulas e abscessos perianais.
Em caso de dúvida diagnóstica, podem ser utilizadas a ultrassonografia de partes moles e a ressonância magnética de pelve para melhor avaliar o processo.
7. Quais são os tratamentos disponíveis para cisto pilonidal?
O tratamento cirúrgico é o padrão-ouro para a doença pilonidal. Existem várias técnicas que podem erradicar o problema. Elas podem ser conservadoras, com:
Pequenas incisões
Curetagem do tecido doente
Por outro lado, algumas técnicas de cirurgia para cisto pilonidal podem ser radicais, com:
Incisões grandes
Confecção de retalhos de pele
Quanto menos tempo de doença, menor o número de crises e menor a extensão da lesão, além de mais simples a operação do cisto pilonidal. Além disso, existem novos procedimentos sendo utilizados para o tratamento da doença pilonidal, como o laser, e seu papel no tratamento ainda estão sendo estudados. Técnicas minimamente invasivas têm sido exploradas nesses casos.

Portanto, é muito importante fazer uma avaliação com o coloproctologista o quanto antes. O médico dessa especialidade é o profissional mais indicado para a avaliação, diagnóstico e determinação da conduta. O paciente não deve se desesperar, uma vez que a maioria dos casos é de tratamento simples.
8. Todo paciente com doença pilonidal precisa operar?
A doença pilonidal tem caráter crônico e tende a não cicatrizar espontaneamente. De toda forma, pacientes que apresentam crises infrequentes ou poucos sintomas, podem ser acompanhados conservadoramente, desde que devidamente orientados sobre o risco de crises e da necessidade de reavaliação se os sintomas aparecerem ou retornarem.
9. Quanto tempo ficar afastado das atividades diárias após a cirurgia?
O tempo de repouso e afastamento das atividades diárias após a cirurgia de cisto pilonidal depende da técnica cirúrgica utilizada. Em outras palavras, quanto maior for a ferida, maior o tempo de afastamento. A maioria dos pacientes pode retornar às suas atividades em um período de 14 a 21 dias.
10. O que fazer para prevenir ou diminuir a chance de retorno da doença?
DEPILAÇÃO. O paciente com doença pilonidal deve manter a região “problemática” sem pelos, mesmo que não tenha sintomas ou que já tenha operado. A presença dos pelos no local aumenta a chance de novas crises.
No caso dos pacientes que fizeram o tratamento cirúrgico, a queda de pelos dentro da ferida praticamente garante o retorno do problema.
Se você tiver mais dúvidas sobre a doença ou cisto pilonidal, envie mensagem pelo Instagram. Boa semana a todos!
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