top of page

Estenose anal: como diagnosticar e tratar?

A estenose anal, comumente chamada de estreitamento anal, talvez seja a segunda complicação mais temida de uma cirurgia orificial, ficando atrás apenas da incontinência anal. Esse problema pode acontecer após cirurgias no ânus, como a cirurgia de hemorroida, mas também está associado a trauma no ânus, Doença de Crohn, radioterapia, doenças venéreas, entre outras.


Para se ter ideia do tamanho do problema, apesar de raras em serviços especializados, algumas estatísticas relatam casos de estenose anal em até:


  • 6% das cirurgias excisionais (retirada de tecido) de hemorroida

  • 9% dos pacientes com Doença de Crohn


Estenose ou estreitamento anal?

Antes de continuar, vamos esclarecer que o termo médico é “estenose anal”, e não estreitamento. É importante reconhecê-lo, pois você pode encontrar em artigos, reportagens e até nos termos de consentimentos que são entregues pelos médicos antes de uma cirurgia. 


Devo ter medo da estenose anal?

Não queremos deixar ninguém com medo aqui! Apesar de debilitante e gerar muito sofrimento, a estenose anal não é comum, principalmente quando o caso é conduzido por especialista sério e quando são aplicados os princípios técnicos corretos.


Algumas técnicas minimamente invasivas não excisionais (que não removem a hemorroida e, sim, tratam internamente como o laser de diodo e a desarterialização – THD) têm menor risco de estreitamento do canal. Inclusive, leia sobre cirurgia a laser aqui.


Quais são os sintomas da estenose anal?

Primeiramente, vamos ajudar você a entender possíveis sinais de estenose anal. São eles:


  • Dificuldade de evacuar

  • Fezes afiladas, sejam associadas ou não a constipação, ou diarreia

  • Dor anal ao evacuar


Sintomas menos comuns podem incluir

  • Sangramento

  • Vazamento de pequenas quantidades de fezes pelo ânus

  • Vontade constante de esvaziar o reto sem conseguir


Como diagnosticar a estenose?

Em primeiro lugar, procure ajuda especializada de um coloproctologista, por exemplo. A história do paciente e exame físico permitem a identificação da maioria dos casos.


Se o quadro de sofrimento do paciente impede o exame clínico adequado, pode ser necessária avaliação sob anestesia.


Mas tem tratamento para a estenose?

Tem sim! Lógico que antes de falar disso, temos que ressaltar que, antes de operar de hemorroida, procure um especialista, cheque suas referências e não só suas redes sociais!!!


O cuidado com o manuseio do instrumental, a boa indicação da técnica e execução cirúrgica precisa fazer toda diferença para se ter bons resultados.


Escolha bem o cirurgião de hemorroida

A frase “menos é mais” se aplica nas cirurgias anais, como a de hemorroida. Geralmente, os cirurgiões mais radicais são aqueles que estão em maior risco de complicações, pois o ânus precisa de pele para cicatrizar bem e, se há feridas maiores do que o organismo consegue fechar bem, pode haver problema.

Paciente sofrendo de hemorroida
Nem sempre é indicado operar de hemorroida durante uma crise de dor

Além disso, é importante evitar operar durante as crises de hemorroida. Muitas vezes, a pessoa sofrendo de hemorroida quer operar durante a crise, mas o inchaço local pode levar a cirurgias excessivamente radicais e propiciar complicações.


Como tratar estenose anal?

Se o estreitamento anal aconteceu, então, qual é a melhor conduta? Tratar condições clínicas que podem estar associadas é fundamental:


  • Controlar a inflamação nos casos da Doença de Crohn

  • Manter o cuidado com a pele local

  • Fazer o tratamento de fissuras anais

  • Melhorar o hábito intestinal


Além disso, tentativas de dilatação gradual com o controle do bolo fecal ajudam nos casos mais leves.


Cirurgia para tratar estenose anal?

Não existe apenas uma técnica cirúrgica correta, pois tudo depende do quadro clínico, da gravidade do problema e até da localização da estenose (se mais perto do ânus ou mais profunda no canal anal).


Se não houver melhora com as medidas clínicas, o paciente pode ter a indicação de uma operação local, sendo as mais comuns:


  • Dilatação sob anestesia

  • Cirurgia plástica no canal anal para melhorar o diâmetro da passagem (uso de retalhos de pele, uso de botox em casos de excesso de contratilidade local e, em raros casos, secção de músculos doentes).

  • Desvio do trânsito (bolsa de colostomia), em casos raros de refratariedade a todas as opções de tratamento.


Tratamento deve promover qualidade de vida

O importante é entender que a qualidade de vida da pessoa com estenose anal pode melhorar muito com o tratamento e, para isso, procurar ajuda é fundamental.


Quanto mais grave for o quadro, mais difícil pode ser a abordagem, portanto, o tempo pode ajudar. Quadros mais antigos podem ter sua resolução prejudicada.


Esperamos ter ajudado e, qualquer dúvida, entre em contato aqui no site ou mensagem para gente pelas redes sociais.

Comments


CONTATO

ATENDIMENTO

 De segunda a sexta, de 9 as 17h.

ENDEREÇO

Rua Domingos Vieira, 319, sala 708, Santa Efigênia, Belo Horizonte - MG

Bem-vindo, você é o visitante:

ⓒ 2023. Dr. Bruno Giusti Werneck | Todos os direitos reservados.

  • Instagram
  • LinkedIn
  • Facebook
  • Twitter
bottom of page