Apesar de já termos abordado diversas vezes aqui no blog sobre tipos de cirurgia de hemorroida, as perguntas mais recorrentes sobre o tema são:
Qual é a melhor técnica para operar hemorroida?
É melhor operar com técnica a laser, não é, doutor?
Quanto mais tecnologia melhor?
Será que THD é a melhor cirurgia porque não dói?
Se fosse para escolher uma palavra que respondesse todas essas questões sinceramente, seria: “depende”.
Se houvesse uma técnica que fosse perfeita para o tratamento da doença hemorroidária, não haveria necessidade de existirem outras. Então, vamos ver o que há de científico por trás de cada opção de procedimento.
Declaração: Declaro que não tenho nenhum vínculo com qualquer fornecedor de material ou farmacêutica e não apresento viés comercial em minhas opiniões aqui expressas.
Como escolher os tipos de cirurgia de hemorroida
De maneira bastante direta, acreditamos muito que a melhor técnica é aquela que consegue aliar a expectativa do paciente ao melhor resultado médico.
Escutar a pessoa que sofre com sintomas é muito importante, principalmente se:
O desejo dela é melhora da dor;
O problema é sangramento;
A dificuldade é com a higiene;
A questão é estética.
Fatores determinantes para o tipo de cirurgia de hemorroida
Pudemos discutir a fundo as principais técnicas de cirurgia de hemorroida em nosso blog, então, hoje a ideia é falar o princípio que utilizamos para escolher qual se adequa melhor a cada tipo de paciente.
Dor relacionada à cirurgia de hemorroida
Definitivamente, a dor é o maior medo de uma pessoa que será submetida a tratamento cirúrgico de hemorroidas. Bem, não há dúvidas que a cirurgia convencional é a mais radical e, com isso, a que mais se associa a desconforto local.
Quanto menos invasivas são as técnicas, menos sofrimento elas geram, mas frequentemente elas estão associadas a maior risco de retorno dos sintomas da doença.
A grosso modo, a cirurgia convencional consegue erradicar a longo prazo os sintomas da doença hemorroidária em 98% dos pacientes, enquanto técnicas menos invasivas como o THD alcançam 90% de sucesso. É importante saber isso, mas quando o objetivo final é não ter dor, o THD é o que melhor se encaixa.
O laser também apresenta resultados satisfatórios com relação à incidência de dor, mas o paciente deve se informar qual tipo de laser será utilizado:
O laser diodo que é menos invasivo, mais caro e apresenta maior recorrência
O laser de CO₂ tem menos impacto no desconforto, mas melhor resultado a longo prazo.
Hemorroidas externas ou internas
Outro fator que deve ser avaliado na escolha da técnica de cirurgia é o tipo de doença hemorroidária. A grande maioria dos métodos minimamente invasivos têm atuação nas hemorroidas internas e, com isso, as pessoas com componentes externos significativos precisam de abordagens combinadas, ou poderão ficar decepcionados com o resultado.
Os principais receptores responsáveis pela percepção de dor estão localizados na pele e anoderma, justamente onde ficam os excessos de pele (plicomas), e os componentes externos dos mamilos.
Então, todo paciente que solicita aplicação de métodos como laser e THD devem ser avisados quando se combina com o tratamento externo da doença.
O único procedimento cirúrgico que foi concebido originalmente para tratar tanto o componente interno quanto o externo da doença foi a cirurgia convencional. Então, apesar de ser mais radical, a cirurgia convencional não deve ser considerada pior do que outra técnica; isso seria uma injustiça.
Sangramento da hemorroida
Todos os métodos cirúrgicos têm excelentes resultados no controle do sangramento da hemorroida. Nesses casos, a opção por métodos menos invasivos têm excelente risco benefício.
Conclusão
É muito importante observar as vantagens e limitações de cada método de tratamento para não se sentir arrependido depois. Não se deixem levar por propagandas e promessas milagrosas.
Não existe cirurgia melhor que outra. Existe cirurgia bem indicada para aquele paciente. Quando uma técnica não é boa, normalmente ela é abandonada.
Como sempre estimulamos em nosso blog, converse com seu médico, pois é comunicando que nós nos entendemos.
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