Maio é considerado internacionalmente o mês de divulgação sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII). No Brasil, o Congresso Nacional tem realizado audiências sobre a criação de uma campanha de conscientização sobre esses problemas.
A comissão de direitos humanos atendeu a um pedido de três senadores, e trazer um assunto desse para debate pode contribuir para diminuir o tabu acerca do tema.
Falar sobre doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, assusta demais, e muitos pacientes se negam a mencionar os nomes em voz alta. Por que isso?
Doenças inflamatórias intestinais ainda são tabu
As doenças inflamatórias intestinais são doenças potencialmente graves, com manifestações variáveis e sem possibilidade de cura até o momento, um fator que leva a um estigma muito grande para o paciente.
A mera menção ao diagnóstico já leva a grande sofrimento para todos os envolvidos, e é por isso que muitos médicos têm receio de definir para uma pessoa que ela tem Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.
Até profissionais evitam falar de doenças inflamatórias intestinais
Vocês já devem ter percebido que o tabu é tanto de quem recebe o diagnóstico quanto do profissional de saúde que o transmite, o que pode atrasar em anos o início do tratamento.
É normal ter medo, mas o que não se pode fazer é fugir de uma definição.
Apesar de saber que muitas pessoas com doenças inflamatórias intestinais são jovens e que o tratamento será para toda vida, não há motivo para desespero. O esclarecimento gera tranquilidade!
Diagnóstico de doenças inflamatórias agiliza tratamento
Abaixo, vamos listar alguns pontos que devemos considerar para que as doenças inflamatórias intestinais não sejam um tabu.
Doenças inflamatórias intestinais têm tratamento
Quando se está à frente de uma doença, o fato de se saber que existe tratamento e que é eficaz na maioria dos casos pode ajudar o paciente a aceitar melhor o diagnóstico.
Paciente pode levar vida normal
A vida pode ser normal quando se tem doenças inflamatórias intestinais. Ou seja, não há motivos para pensar que você tem que limitar sua vida por ter uma doença. Com exceção de raros casos, os pacientes podem fazer tudo que desejar.
As medicações são bem toleradas
Não há motivos para esperar efeitos adversos intoleráveis, uma vez que o sofrimento causado pela doença é muito pior do que tomar os remédios.
Como tratar doenças inflamatórias intestinais?
Já escrevemos muitos textos aqui em nosso blog sobre cada tipo de manifestação das doenças inflamatórias intestinais e como elas podem ser abordadas. Sabemos que não é fácil, mas existem dicas simples que podem ajudar a conviver bem com o problema.
Acompanhamento médico: escolha uma equipe experiente para te acompanhar, de preferência multidisciplinar com gastroenterologista, coloproctologista e, quando necessário, nutricionista, psicólogo, entre outros.
Medicamentos: tome as medicações prescritas da maneira correta, isto é, é muito comum esquecer de tomar quando os sintomas somem e, assim, a recorrência pode ser mais grave e intensa.
Estilo de vida: mantenha hábitos de vida saudável, se alimentando bem e seguindo hidratação adequada. A grande maioria dos pacientes não precisa de uma dieta especial, mas cuidar da sua nutrição sempre ajuda no controle da atividade inflamatória.
Sem maus hábitos: não fume, uma vez que já sabemos que o tabagismo não é recomendado em nenhuma das manifestações das doenças inflamatórias intestinais.
Suporte: Procure ajuda! Estar perto de pessoas que podem ajudar no suporte é muito benéfico em manter os pacientes com atitude positiva frente a situação.
Desejamos uma excelente semana a todos!
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