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PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES – O QUE É E PARA QUE SERVE?

“Doutor, fiz um exame de sangue oculto nas fezes e deu positivo, estou com câncer?” Esta é a pergunta muitas vezes repetida em um consultório de coloproctologia. A resposta é, provavelmente não.

fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/sangue-c%C3%A9lulas-red-m%C3%A9dica-medicina-1813410/

O exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) é uma ferramenta de rastreamento populacional para prevenção de câncer de intestino, de frequência anual. Ele se baseia no fato de que os tumores de intestino sangram, de maneira intermitente, e que pequenas quantidades podem ser identificadas nas fezes sem que sejam visíveis pelo paciente.

O problema é que outras situações também podem originar sangramentos microscópicos como doenças anorretais (hemorroidas, fissuras, entre outras), processos inflamatórios, diverticulose colônica e até o próprio processo de coleta das fezes. A maioria das pessoas com PSOF positiva não tem doença grave, muito menos câncer, mas o sinal de alerta está ligado.

É importante então, ficar calmo frente a uma PSOF positiva e marcar uma consulta com o especialista, o Coloproctologista.

Indicar bem o exame também é fator primordial para que o objetivo de prevenção seja atingido. Então, listamos abaixo quem seria candidato a realizar PSOF e quem não deve ser submetido a ela.

Em quem a PSOF estaria indicada:

-Individuo que não sente nada, com mais de 50 anos e menos de 80 anos de idade e que não tenha história familiar ou própria que aumente o risco de câncer de intestino.

Quem não deveria ser submetido à PSOF:

- Pessoas abaixo de 50 anos ou acima de 80 anos de idade (estão fora da faixa etária indicada para o exame).

- Indivíduos que já fizeram colonoscopia prévia (este fará a prevenção com exames de colonoscopia em épocas determinadas pelo especialista).

- Portadores de sangramento visível nas fezes ou de sinais e sintomas gastrointestinais e anais (tem que ser avaliados pelo especialista).

- Portadores de doenças ou história familiar que aumentem o risco de câncer de intestino com a retocolite ulcerativa, doença de Crohn, câncer de intestino grosso, delgado, ovário, vias urinárias e endométrio (tem que ser avaliado pelo especialista).

Fique atento:

A PSOF não diferencia sangramento de um câncer de um sangramento de uma hemorroida.

A PSOF com os métodos modernos de detecção de anticorpos monoclonais não é afetada pela ingestão de carnes pelo paciente.

Lembre-se destas dicas e não se esqueça da prevenção e um excelente início de ano.

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